quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nesta aula aprenderemos sobre soma e subtração de frações, números mistos, forma decimal, conversões ( de decimal para frações e de frações para decimal), noção de dízima periódica, período e fração geratriz.


Créditos: http://www.vestibulandia.com




Aprenda a usar o método milenar chinês de fazer adição e subtração de frações.


Créditos: http://prof-ngalvao.blogspot.com



domingo, 11 de setembro de 2011

Sobre a Vírgula

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.



* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Engenharia Agrícola

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Perfil Profissional

A Engenharia Agrícola é o elo de ligação entre dois importantes campos da Ciência: a Engenharia e a Agricultura. O Engenheiro Agrícola é um profissional que possui uma visão integrada do desenvolvimento da cadeia sistêmica agrícola e que aplica as Ciências Exatas e a Tecnologia à Agricultura, levando em consideração os fatores ambientais, econômicos e sociais. Compete ao Engenheiro Agrícola atuar na interface entre a Engenharia e a Agricultura buscando soluções de problemas nos sistemas produtivos.

Mercado de Trabalho

“Esse mercado está crescendo bastante, principalmente no planejamento ambiental. As empresas estão preferindo contratar esse profissional para ocupar o lugar do agrônomo, por seu perfil mais claro. Anos atrás, eram contratados agrônomos e engenheiros mecânicos. Atualmente o engenheiro agrícola está substituindo os dois com a mesma qualidade.

A procura maior vem dos setores de pré-processamento e armazenamento de produtos agrícolas. Na área ambiental, há um potencial de atuação muito grande. O grande Estado empregador é São Paulo, pois aqui estão as maiores empresas, mas que também atuam em outros estados.”, explica o Prof. José Euclides Paterniani, da Unicamp.

Hoje, os profissionais também estão atuando como autônomos na orientação de produtores na compra e manutenção de equipamentos.

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Matérias

- Álgebra Linear e Geometria Analítica
- Algoritmos e Programação Aplicada a Engenharia Agrícola
- Botânica Básica
- Cálculo Diferencial e Integral
- Ecologia
- Fenômenos de Transporte
- Física
- Implantação, Condução e Análise de Experimentos Agrícolas
- Introdução à Engenharia Agrícola
- Introdução a Metodologia Científica
- Mecânica Vetorial para Engenharia Agrícola
- Métodos Numéricos para Engenharia
- Probabilidade e Estatística
- Química Básica
- Representação de Elementos Mecânicos
- Representação de Instalações Agropecuárias
- Resistência dos Materiais
- Termodinâmica Aplicada

Engenharia Aeronáutica

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O Curso

A Engenharia Aeronáutica difere fundamentalmente de outras Engenharias por ser voltada para o projeto e desenvolvimento exclusivo de um veículo muito especial: a aeronave. O currículo de um curso de Engenharia Aeronáutica deve ser diferente dos demais para atender a esse fato específico. O currículo deve integrar tecnologias básicas, tais como aerodinâmica, propulsão, estabilidade, controle, etc., focados e integrados para o projeto e desenvolvimento de uma aeronave. O avião, para ser viável, deve também reunir certos critérios envolvendo: fabricação, custos de manutenção, custos de operação e vida útil. Deve, também, considerar efeitos no meio ambiente, requisitos legais. O Engenheiro Aeronáutico deve ter a habilidade de projetar, testar, fabricar, operar, manter e reduzir o impacto ambiental. Deve possuir autoconfiança (atividade de risco), senso de responsabilidade, ética profissional, honestidade; conhecer materiais especiais e suas aplicações, ter criatividade e controle emocional voltados para uma aplicação específica: a aeronave.

Mercado de Trabalho

O profissional pode atuar nas indústrias aeronáutica, espacial e de defesa.

O mercado de trabalho é crescente, especialmente na área de aeronáutica, uma vez que a nação tem a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais e a sétima maior frota de aeronaves de asa rotativa do mundo.

Atualmente, os profissionais que atuam neste mercado são especializados dentro das empresas em segmentos específicos, sem um conhecimento global da concepção, desenvolvimento e fabricação do produto.

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Matérias

- Aerodinâmica
- Aviônica
- Desempenho de Aeronaves
- Ensaios Não Destrutivos
- Estruturas Aeronáuticas
- Instrumentação e Controle
- Manutenção de Aeronaves
- Materiais Avançados de Construção Aeronáutica
- Metodologia da Pesquisa Científica
- Motores Aeronáuticos
- Normalização Aeroespacial
- Projeto de Aeronaves
- Sistemas de Aeronaves
- Teoria do Vôo

Enfermagem

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Perfil do profissional

O enfermeiro é o líder da equipe de enfermagem, que se compõe de auxiliares e técnicos de enfermagem, além dos enfermeiros. As atribuições são inúmeras, de extensas dimensões e abrangências. Dentre elas, podemos destacar: a assistência direta aos clientes e a supervisão e administração de todas as atividades da enfermagem, sejam estas de natureza assistencial, gerencial, domiciliar, docente, de pesquisa ou consultoria; direção de instituições de saúde em várias instâncias.

Mercado de trabalho

Hospitais, postos de saúde, clínicas, casas de saúde e ambulatórios; atendimento domiciliar (home care); perícias; cursos de formação de pessoal de nível médio (auxiliares e técnicos de enfermagem) e universitários; cursos de pós-graduação, latu e strictu sensu; empresas de fabricação de material hospitalar; empresas de consultoria; programas de saúde do governo, como, por exemplo, o de saúde da família; auditorias de contas e de enfermagem; empresas com programas de segurança no trabalho; serviços de emergência em vias públicas (atendimento pré-hospitalar); corpo de saúde em instituições militares; centros de pesquisa; escolas e creches; transportes aéreos e rodoviários; entre outros.

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Matérias

- Análise Textual
- Anatomia Sistêmica
- Biologia Celular
- Relacionamento e Comunicação Em Enfermagem
- Bioquímica
- Genética
- História da Enfermagem
- Anatomia do Aparelho Locomotor
- Histologia e Embriologia
- Sistematização do Cuidar
- Imunologia Básica
- Fisiologia Humana
- Microbiologia Básica
- Metodologia Científica
- Ensino Clínico
- Fundamentos da Epidemiologia
- Parasitologia Básica em Enfermagem
- Patologia em Enfermagem

Educação Física

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Perfil profissional

Professor generalista, ético, humanista, autônomo, empreendedor, crítico e reflexivo, que compreende a Educação Física e o movimento humano não como fins, mas como meios para, através da educação e reeducação motora, da educação esportiva e da educação para um estilo de vida ativo e de comportamentos saudáveis, atingir os objetivos e valores inerentes ao processo educacional. Deve dominar o conhecimento da área da Educação Física, reconhecê-la como interdisciplinar e dominar os componentes a serem desenvolvidos na educação básica , educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos, compreendendo diferenças não como desigualdades, mas como riqueza de possibilidades de trabalho, pesquisa e ensino. O egresso do curso está apto a intervir acadêmica e profissionalmente no componente curricular da Educação Física, entendendo a escola como local para a transformação social e não como mero espaço de transmissão de conhecimentos. O professor de Educação Física deve promover um estilo de vida ativo e saudável entre seus alunos, contribuindo para a qualidade de vida e bem-estar e para o desenvolvimento permanente do pensamento crítico e da cidadania. Deve, também, servir de referência em educação e ensino nos diferentes segmentos humanos e sociais, considerando a prática docente sob as perspectivas da educação formal (educação básica, na disciplina Educação Física), da educação não formal na escola (escolinhas esportivas, programas e projetos de responsabilidade social), da educação inclusiva (para deficientes), da educação em outros espaços educacionais (terceiro setor, organizações corporativas e programas e projetos de educação), da educação à distância e da participação em equipes para discussão de políticas públicas em educação e cidadania

Mercado de trabalho

O Mercado de trabalho na área da Educação Física vem se expandindo, impulsionado pela valorização que a sociedade atribui à prática de exercícios físicos e esportes. A educação, a saúde, a estética, o convívio social e o lazer são, hoje, valores sociais que contribuem para uma ampliação significativa no mercado de trabalho do profissional de educação física. Por outro lado, este mercado está cada vez mais exigente, absorvendo, preferencialmente, profissionais com qualificação diferenciada.

ImageUma das opções do profissional de Educação Física é trabalhar em academias de ginástica, como professor e como personal trainer, prática que vem se popularizando entre as classes média e alta. Outras áreas de atuação do profissional que estão em crescimento são as atividades de lazer em clubes, hotéis e até navios de cruzeiro, além do turismo ecológico, como o montanhismo e a exploração de cavernas. Atividades relacionadas a projetos sócio-educativos também se configuram como um campo de trabalho promissor, tanto no ensino dos esportes, da dança, do jogo e da ginástica, como a profissionalização na gestão dos esportes. Aulas extracurriculares em escolas de ensino fundamental e médio também constituem uma opção profissional.

Matérias

- Filosofia da Educação
- Anatomia Sistêmica
- Biologia Celular
- Fundamentos da Educação Física
- Teoria e Prática da Ginástica Artística
- Teoria e Prática da Recreação e Lazer
- Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação
- Análise Textual
- Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
- Anatomia do Aparelho Locomotor
- Teoria e Prática da Natação
- Teoria e Prática do Atletismo
- Didática
- Metodologia do Ensino da Educação Física
- Políticas Públicas e Organização da Edu. Básica
- Prática de Ensino e Estágio Supervis. em Educação
- Corporeidade e Motricidade
- Fisiologia do Exercício


Economia Doméstica

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Perfil Profissional

Profissional com sólidas formações multidisciplinares, humanistas e críticas voltadas para a reflexão dos problemas cotidianos dos indivíduos, famílias e demais grupos sociais. Compete ao Economista Doméstico planejar, elaborar, programar, implantar, dirigir, coordenar, orientar, controlar, supervisionar, executar, analisar e avaliar estudos, trabalhos, programas, planos, projetos e pesquisas nas áreas de economia familiar, administração familiar e de instituições públicas e privadas, estudo do consumo e educação do consumidor, família e outros grupos, desenvolvimento humano, alimentação e nutrição, saúde da família e da comunidade, conservação têxtil e controle de qualidade do vestuário, habitação e planejamento de interiores, extensão e desenvolvimento rural e urbano.

Mercado de Trabalho

ImageAtualmente, muitas donas-de-casa contratam uma espécie de “consultor em economia doméstica”, para que este as ajude a controlar melhor as despesas da família, a armazenar corretamente alimentos, roupas e outros objetos em casa, a preparar pratos que aproveitem melhor os ingredientes, entre outras funções. Esta é uma atividade que tende a crescer no setor de serviços já que a dona-de-casa moderna acaba deixando um pouco de lado a família para trabalhar e estudar fora.

Outras áreas em que o economista doméstico pode atuar são: Financeira, em bancos, casas de empréstimo e investimentos; ONG’s que trabalham com educação do consumidor e planejamento da renda familiar; em cozinhas de restaurantes e indústrias, controlando a qualidade das refeições e no serviço público.

Matérias

- Estudo da Família
- Teoria Econômica
- Economia Familiar
- Educação do Consumidor
- Metodologia de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas
- Teoria Antropológica
- Psicologia Social
- Metodologia do Ensino Superior
- Economia Brasileira I
- Antropologia e Sociologia da Vida Econômica
- Sociologia do Desenvolvimento

Ecologia

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Curso

O curso volta-se para o diagnóstico dos impactos ambientais gerados pelas atividades humanas, indicando as soluções para cada problema e desenvolvendo estratégias que inibam ações nocivas ao meio ambiente, como as causadas pelas mudanças demográficas, pela utilização intensiva e desordenada de recursos naturais e pela poluição.

Objetivo

Formar profissionais com habilidades e competências capazes de fazer frente às necessidades que se colocam no campo ambiental, seja na área de pesquisa pura e/ou aplicada, seja na área do manejo de ecossistemas, nos processos de gestão e licenciamento ambiental, ou, ainda, no desenvolvimento de práticas ambientais voltadas para a educação ambiental.

Mercado de Trabalho

Ampla área de atuação em programas ambientais com vistas ao desenvolvimento sustentável; em institutos de pesquisas, órgãos públicos, empresas privadas e de saneamento, de pesca, de produtos agrícolas e veterinários, assim como em museus, parques, reservas florestais e jardins botânicos, fundações, sociedades e associações de classe.

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Matérias

- Fundamentos de Cartografia
- Fundamentos de Zoologia de Invertebrados
- Química Geral
- Bioestatística
- Sistemática Vegetal
- Ecossistemas Terrestres
- Fundamentos de Geologia e Geomorfologia
- Fundamentos de Zoologia de Vertebrados
- Ecologia de Populações
- Análise de Dados Ecológicos
- Climatologia
- Fundamentos de Licenciamento Ambiental
- Microbiologia Ambiental

Fonte: UNIBH

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Escolha da carreira deve estar baseada na vontade do estudante; veja mais dicas

Carla Hosoi
Especial para o UOL
Em São Paulo

Optar por uma carreira profissional pode ser uma das escolhas mais angustiantes da vida, principalmente para quem é “obrigado” a viver esta definição pela primeira vez.

Como diz Yvette Piha Llehman, coordenadora do Serviço de Orientação Profissional do Instituto de Psicologia da USP (universidade de São Paulo), escolher é difícil, é conflitante, envolve riscos e não tem nada a ver com maturidade ou imaturidade. “É a hora de crescer, de se responsabilizar pela primeira decisão importante da vida. Passar para a vida adulta, buscar uma identidade social, escolher uma profissão é como nascer de novo . E toda novidade dá medo e envolve angústias”, esclarece a psicóloga.

A decisão é do estudante

Portanto, não há nada a fazer senão encarar os fatos. Com mais ou menos ansiedade, o que importa mesmo é ter consciência de que esta possibilidade de escolha corresponde a um momento novo e que pertence muito mais a quem escolhe do que a qualquer outra variável influente neste processo. “Não adianta considerar apenas as expectativas externas. O mercado, a sobrevivência, o status ou o que os pais gostariam que os filhos fossem. Uma escolha sem afeto e sem sentido não é feita em defesa da profissão. O ponto central deve ser o gosto por determinada carreira, a satisfação, o respeito e o orgulho que virá das conquistas dessa escolha. Só sobrevive bem o profissional que gosta daquilo que faz”, alerta a coordenadora.

Mas em meio a tantas pressões (social, familiar, a aprovação no vestibular, realização pessoal versus mercado de trabalho) características desta fase, algumas dicas práticas e menos filosóficas certamente são valiosas. Segundo Silvio Bock, orientador vocacional e vice-presidente da Abop (Associação Brasileira de Orientação Vocacional), três grandes aspectos devem ser refletidos e ponderados neste momento:

  1. o conhecimento das profissões, através da busca de informações em sites, conselhos profissionais, guias de carreiras, conversas com profissionais visando uma abordagem mais aprofundada,

  2. a auto-reflexão, baseando-se na própria personalidade,

  3. a reflexão sobre o que anda acontecendo no mercado de trabalho, questionar profissões em alta, em baixa, estatísticas,conhecer o cenário do país em que se dará essa profissionalização.

“É comum ouvir algo do tipo: vou cursar engenharia porque gosto de química e matemática, por exemplo. Ou que eu gosto muito de tal profissão mas o mercado não está bom. Argumentos como esses são muito frágeis, representam apenas um ponto de vista, uma impressão. É preciso de armar de muitos argumentos porque é muito fácil cair em contradição. Por isso exige tanta reflexão e busca de conhecimento”, reitera o orientador.

O amplo leque de opções profissionais e também a alta rotatividade dos empregados no mercado de trabalho são duas realidades que muitas vezes estimulam as incertezas, tornando o processo de escolha ainda mais complexo. Decidir por uma carreira mais generalista para depois se especializar ou ser especialista e depois se graduar? E de que maneira a acessibilidade ao mercado é mais garantida e possibilita melhores transições?

Considere um curso técnico

Nem mesmo os especialistas entram em consenso para responder a essas questões. Para Carla Virmond Mello, diretora da empresa ACTA – Carreira, Transição e Talento, deve-se questionar a necessidade de se cursar uma graduação, já que os cursos técnicos oferecem hoje uma empregabilidade com rápida absorção pelo mercado de trabalho e salários muitas vezes superiores. “Vale ressaltar que nem todo mundo tem perfil para ocupar cargos de liderança. A ânsia de comandar, inspirar, sem operacionalizar acabou imperando ao longo desses 10,15 anos. Muitas lacunas foram criadas por conta desse pensamento. Por isso, acho essa reflexão fundamental pois existe uma demanda por profissionais técnicos, correspondendo a uma alternativa viável para quem realmente necessita de um emprego”, argumenta Carla.

Já segundo o professor James Wright, da FEA (Faculdade de Economia e Admisnistração) da USP e coordenador do programa Profuturo (Programa de Estudos do Futuro) da FIA(Fundação de Instituto de Administração), nem sempre os cursos de nível técnico correspondem a uma opção economicamente mais acessível, já que muitos têm preços elevados. “Dados mostram que quanto maior o tempo de estudo, maior é a renda. Na minha opinião, estudar ainda é a melhor garantia de sucesso”, defende o professor.

Mas em um ponto, psicólogos, orientadores profissionais, consultores de carreira e professores concordam: a escolha profissional, principalmente hoje, é mais um ponto de partida do que uma definição para a vida toda. Uma ressalva, no entanto, é essencial para que o comprometimento não se perca e a importância da escolha seja diminuída: o sucesso ou frustração dependem do esforço, do trabalho, da realização, da responsabilidade sobre a escolha feita. “O mundo adulto pode ser monótono, complicado, competitivo. Ou seja, está cheio de dificuldades que precisam ser enfrentadas como parte fundamental do crescimento”, alerta o orientador profissional Silvio Bock.

VEJAM QUE PROFISSÕES COMBINAM COM SUA PERSONALIDADE

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ser ou Ter?

Nossa correria diária não nos deixa parar para perceber
se o que temos já não é o suficiente para nossa vida.
Nos preocupamos muito em TER: ter isso, ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo.
Os anos vão passando, quando nos damos conta, esquecemos do mais importante que é VIVER e SER FELIZ!
Muitas vezes para ser Feliz não é preciso Ter,
o mais importante na vida é SER.
As pessoas precisam parar de correr atrás do Ter
e começar a correr atrás do SER: Ser Amigo, Ser Amado, Ser Gente.
Tenho certeza de que, quando SOMOS,
ficamos muito mais Felizes do que quando Temos.
O SER leva uma vida para se conseguir
e o Ter muitas vezes conseguimos logo.
O SER não se acaba nem se perde com o tempo,
mas o Ter pode terminar logo.
O SER é eterno,
o Ter é passageiro.
Mesmo que dure por muito tempo,
pode não trazer a Felicidade...
E é aí que vem o vazio na vida das pessoas...
Por isso, tente sempre SER e não Ter.
Assim você sentirá uma Felicidade sem preço!
Espero que você deixe de cobrar o que fez e o que não fez nos últimos anos
e que você tente o mais importante:
SER FELIZ

Emilio Lopez: A raiz da violência na escola pública paulista

por Emilio Carlos Rodriguez Lopez

O jornal Estado de S. Paulo do dia 1º de agosto trouxe a informação que 62% da rede estadual enfrenta problemas de violência dentro do ambiente escolar, de acordo com relatos dos próprios diretores. São roubos, depredações, pichações, violência contra professores, alunos, e funcionários e até brigas entre estudantes. Hoje a rede tem aproximadamente 5271 escolas, ou seja, 3268 escolas tiveram cenas de violência, que como a matéria mostra se tornou algo do cotidiano escolar.
Ocorre que este problema tem uma raiz mais profunda: a ausência do Estado nas escolas e a conseqüente ausência da autoridade na rede estadual. Devemos lembrar que o governo do Estado na gestão desastrosa de Rose Neubauer/Mário Covas promoveu uma série de reformas educacionais, que visavam “economizar recursos para o cofre do Tesouro Estadual” e alcançar as famosas metas de superávit primário, deste modo é que se implanta a aprovação automática.
A pretensa economia visava diminuir os índices de repetência e evasão. No fundo, foi transferido para a sociedade e empresas o custo de reciclar a mão de obra, devido às precárias condições de ensino oferecidas. Desta forma, em 2010, a secretaria de Educação gastou R$ 18 bilhões e por aluno a despesa chegou a 4,4 mil reais por ano. Como hipótese, se devido a má formação recebida na escola, as empresas tiverem de aplicar vinte por cento dos gastos realizado pela secretaria de Educação, isto representaria R$ 3,6 bilhões por ano. Isto implica no aumento do custo São Paulo para que se possa cobrir as deficiência da educação pública paulista.
A garantia da não repetência, ou seja, o “passa-passa” nas escolas públicas de São Paulo na Educação simbolizou para os alunos a possibilidade de agir na escola com a certeza de que não haverá consequência. A sensação da impunidade, aliada a destruição de laços familiares, do desmoronamento de valores éticos e do avanço do crime organizado levaram a rede estadual a se transformar em um depósito de alunos e não em escolas. Por isso, as más notas e a baixa qualidade educacional.
Para que a Educação dê frutos é necessário disciplina e respeito entre professor e aluno; e para isto é preciso que o Estado esteja presente no cotidiano escolar, coíba a violência contra o educador, melhore as condições de trabalho e permita que o professor seja professor, e não um mero estafeta que cuida do amontoado de alunos.
Além do mais, vivemos um sistema que o bom aluno é punido, visto que entre que ele e o mau aluno passam igualmente de ano, com isso, o mérito do bom aluno e esforço de aprender são jogados na lata do lixo. Uma rede que apenas quer dar conta de tirar o aluno da rua e não educa-lo, só pode ser ineficaz e ser o reino completo da violência e da barbárie.
A primeira providência neste sentido seria o fim do grotesco modelo do ciclo-série paulista, uma mistura de série e ciclo, feita para promover a economia de recursos para o Tesouro Estadual. Neste momento, o melhor seria a volta da seriação que contribuiria para diminuir a sensação de impotência do educador e início da restauração da autoridade.
Antes de qualquer coisa é preciso lembrar que autoridade não quer dizer autoritarismo. A idéia de autoridade estava vinculada ao direito legítimo do exercício do poder e ao seu valor pessoal. Já o autoritarismo, tem de ver com o despotismo, o domínio pela força física e violência, que pressupõe a ausência do diálogo, como condição fundamental para o exercício democrático. O autoritarismo se manifesta quando a autoridade é surda para os demais e se impõem pela força, e não por um conjunto de idéias.
Nos 16 anos do PSDB temos visto muito autoritarismo e pouca autoridade, basta citar as constantes violências sofridas pelos educadores na escola, veiculada pela mídia. Por que o Estado usa polícia para punir o professor ou servidor que faz greve e o mesmo governo não oferece segurança para o funcionário público poder exercer a sua função??? Quantos professores não se encontram desiludidos por não poderem repartir o que levaram anos estudando?
A mídia muitas vezes faz o papel que este Estado ausente da escola quer: responsabiliza o professor pela crise na Educação e faz a grande transformação: de vítima passa a ser o responsável pelo caos. Quanto ao governo, este não é responsável pelo que ocorre.
A melhora na Educação passa por fortalecer o núcleo familiar e melhorar as relações humanas. Os pais deveriam lembrar que dinheiro nenhum paga a atenção e o carinho com os filhos. Lembro ainda, que segundo pesquisa da Unicamp publicada a dois anos atrás, 70% da educação depende da família; inclusive o hábito de leitura se aprende em casa. O aluno deveria ser burilado, mas agora querem que a escola faça o trabalho da família, mas isto é impossível devido às condições reinantes.
Creio, como foi mostrada em muitos lugares, quando a autoridade do Estado está presente à violência diminui. Como os tucanos adoram passar os problemas para os outros resolverem, já aviso, não há como terceirizar a autoridade.
Emilio Carlos Rodriguez Lopez é formado em História pela USP.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jogo de encaixar

Para atrair talentos identificados com seus valores, empresas desafiam geração y com competições, redes sociais, problemas reais e até entrevista com o presidente


Carlos Lordelo e Cedê Silva - Especial para o Estadão.edu 20/08/2011

A estudante de Psicologia Renata Lima conseguiu estágio no Santander por sua participação em uma rede social. O publicitário Renan Tavares foi contratado pela multinacional L’Oréal após vencer uma competição acadêmica. A administradora Natália José virou trainee depois de apresentar suas credenciais ao presidente da Ambev.

Natália José, hoje com 24 anos, enfrentou entrevista com o CEO da AmBev - AmBev/Divulgação
AmBev/Divulgação
Natália José, hoje com 24 anos, enfrentou entrevista com o CEO da AmBev

O perfil do público-alvo dos programas de estágio e trainee das companhias de ponta não é o mesmo de 10 anos atrás. Em tempos de geração y, é preciso inovar, recorrendo às redes sociais e competições. Como as novas técnicas não eliminam as tradicionais etapas de análise de currículo, provas, dinâmicas de grupo e entrevistas, o leque de competências exigidas dos candidatos cresceu bastante.

Além disso, é preciso sofisticar a seleção para reter talentos. “As empresas procuram muitas vezes pessoas com o mesmo perfil – que, assim, podem escolher onde trabalhar”, diz a psicóloga Renata Damásio, consultora da Cia. de Talentos. A saída tem sido apostar na avaliação de valores para achar o candidato com a cara da companhia – o “fit cultural”.

A multinacional do segmento de limpeza Reckitt Benckiser adotou este ano a metodologia chamada brevetagem para selecionar trainees. Criou uma rede social na qual o candidato pode adicionar fotos e vídeos aos perfis e até “curtir” publicações dos colegas – como no Facebook. Por três meses, ele faz provas e outras tarefas, individuais e em grupo. Um software monitora as participações e atribui pontos, por exemplo, a quem usar palavras associadas a valores da Reckitt (empreendedorismo, conquista, espírito de time e sentimento de propriedade). “O processo dá trabalho”, diz o diretor de Recursos Humanos, Marcelo Nóbrega. “Não é para quem se inscreve em tudo que é programa.”

A brevetagem entrega um ranking de candidatos com perfil mais adequado. Tanto que a empresa precisou chamar menos pessoas para as etapas presenciais. No ano passado, 300 classificados disputaram 5 vagas; desta vez, dos 7 mil inscritos, 200 foram pré-aprovados para 8 vagas.

O resultado saiu na semana passada. Alexandra Romeo, de 22 anos, foi uma das aprovadas. “Estudei muito a empresa e lia bastante o que postavam no fórum”, conta a bacharel em Administração pela USP.

Reconstrução. O Santander foi mais radical no uso da web para recrutamento. Em 2009, encerrou seu programa de trainee corporativo e fez pesquisas para saber como melhorar a interação com o público jovem. O resultado foi a criação do site Caminhos e Escolhas, que já atingiu a marca de 100 mil cadastrados e ajudou na contratação de 828 funcionários.

A plataforma tem atividades como jogos e oficinas que simulam o dia a dia de um banco. Também permite bater papo com especialistas, tirar dúvidas sobre a carreira e interagir com outros estudantes. Os usuários ganham milhas de acordo com sua participação e são selecionados para avaliações presenciais. “Eles sabem como tudo funciona, como se já tivessem passado pela integração”, diz a vice-presidente de RH, Lilian Guimarães.

Aluna da Uninove, Renata Lima, de 22, navegava tanto no site que foi chamada a concorrer a um estágio no RH. Começou no emprego na semana passada. “Mesmo que não queira trabalhar no Santander, você encontra no site conhecimento que pode ser aplicado em vários momentos da vida.”

Outra maneira de atrair talentos é propor desafios. A companhia de soluções de engenharia e tecnologia da informação Chemtech, do Grupo Siemens, promove este ano a 10.ª edição de um projeto do qual participam 240 alunos de Engenharia e Ciências da Computação de 24 universidades.

A Maratona de Engenharia Chemtech começa com um treinamento a distância de três meses. Os estudantes aprendem a operar softwares e fazem provas. As dez universidades com melhor desempenho enviam duplas para a etapa final. Os três primeiros colocados ganham laptops e tablets e as faculdades recebem computadores e licenças de programas.

Depois da maratona, as duplas que se destacam são convidadas a fazer estágio na empresa. Segundo a coordenadora de RH, Cristina Maretti, 96% dos estagiários são efetivados. “Por isso fazemos uma procura tão refinada. A intenção não é buscar os mais competitivos, mas aqueles que conseguem apresentar o melhor resultado no tempo estabelecido.”

Vencedora da 1.ª edição da maratona, em 2004, a engenheira química carioca Aline Carvalho, de 29, entrou como estagiária na Chemtech e foi contratada no ano seguinte. O curioso é que ela já havia participado da seleção tradicional, mas foi eliminada na entrevista. “O formato torna mais eficiente a escolha, porque a contratação não acontece num bate-papo.”

Internacional. Renan Tavares, de 22, começou como estagiário na L’Oréal após vencer a etapa nacional do jogo de negócios Brandstorm, em 2009, quando estava no fim do curso de Propaganda e Marketing da ESPM do Rio. Seu grupo tirou o 3.º lugar na final mundial da competição, que reuniu universitários de 42 países na França.

Na época, Renan e seus colegas desenvolveram o conceito de um perfume. “O jogo é empolgante. Trabalhei quatro meses no projeto”, diz. “Você mostra seu diferencial e não depende da sorte na entrevista ou na dinâmica de grupo.”

Segundo a coordenadora de Recrutamento e Seleção da L’Oréal, Raquel Feijó, 56 estagiários já foram contratados por meio do Brandstorm. “O jogo exige dedicação e nos permite conhecê-los melhor.”

Há empresas que não dispensam um choque de realidade, a fase conhecida por painel de negócios. Realizada depois das dinâmicas de grupo, ela exige que recém-formados sugiram soluções para casos inspirados em situações reais enfrentadas pela companhia.

“Queremos ver como o candidato age diante de uma situação difícil, para a qual não aprendeu uma resposta pronta na faculdade”, explica Bernardo Mansur, gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Camargo Corrêa. Na última seleção de trainees da construtora, 183 inscritos chegaram ao painel, disputando 32 vagas. “O candidato precisa conhecer o mercado e ter a mesma disposição para ir a obras em Rondônia, em Moçambique e na Linha 5 do Metrô de São Paulo.”

Engenheiro mecânico formado pela Unesp de Bauru, André Estronioli, de 23 anos, é um dos atuais trainees da Camargo Corrêa. Ele conta que, no painel, os grupos discutiram meios de tocar uma obra em local de difícil acesso, com logística complicada. Outro desafio era evitar a saída de operários. “Se a empresa não cumprisse prazos, teria de pagar multa.”

Na Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, o candidato recebe um problema dias antes do painel e pode preparar a apresentação em casa. É avaliado pela objetividade e criatividade. O advogado mineiro Rafael Soares, de 25, da atual turma de trainees, estudou a empresa para não sugerir algo que já existisse. “Propus como uma das ações a criação de um site para aproximar a Whirlpool dos clientes.”

Ex-trainee da concessionária CCR AutoBan, o coordenador de tráfego Pedro Santos, de 30, diz que o painel é a hora de o candidato chamar a responsabilidade para si, mas de modo natural. “Se mudar a forma de agir, você até passa, mas depois vai ser ruim para sua carreira.”

Prova de fogo. E tem como agir naturalmente quando a companhia te põe cara a cara com o presidente? É isso que a Ambev faz como a última fase de sua seleção de trainees, à qual chegaram 65 pessoas no ano passado – de um total de 72 mil inscritos. De um lado, sentam seis candidatos. Do outro, o presidente da Ambev e cinco vice-presidentes.

“Ninguém melhor que as pessoas que tomam as mais importantes decisões para dizer quais candidatos se identificam com a nossa cultura”, diz Isabela Garbers, trainee em 2008 e hoje gerente de Recrutamento e Seleção da Ambev.

Trainee em 2009 e atual gerente de Marketing da Brahma, Natália José, de 24, dá sua receita para se sair bem na entrevista final. “Converse com eles como se fossem pessoas normais, porque eles estão ali para te ajudar.”

TRADICIONAL
O que é
Seleciona os candidatos por meio de triagem de currículos, provas online, dinâmica de grupos e entrevista
Empresa que usa General Electric
Dica Faça exercícios de lógica e inglês e informe-se sobre a empresa para se destacar na dinâmica de grupos

PAINEL DE NEGÓCIOS
O que é
Grupos apresentam soluções para casos inspirados em situações reais da companhia
Empresas que usam Camargo Corrêa, CCR, Gerdau, FCA, Unilever, Volkswagen, Votorantim, Whirlpool
Dica Pesquise decisões que a empresa já tomou e a cultura dela

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE
O que é
Após todas as etapas do processo seletivo, os candidatos são entrevistados pelo CEO e um grupo de vice-presidentes; são eles que dão a aprovação final para a contratação do trainee
Empresa que usa AmBev
Dica Pesquise a carreira dos executivos e a trajetória deles na empresa. Seja espontâneo, mas sem parecer arrogante

REDES SOCIAIS
O que é
A primeira etapa do processo. A empresa cria uma rede social própria na qual os jovens interagem entre si e com ela
Empresas que usam Brasil Foods, Natura, Reckitt, Santander
Dica Participe muito e fique atento ao que publica, principalmente fotos

COMPETIÇÃO
O que é Os candidatos se inscrevem para um jogo de negócios e são avaliados pelo desempenho na competição
Empresas que usam Chemtech, L'Oréal
Dica Não basta apenas mostrar criatividade. Leve em conta dados técnicos da empresa nas suas propostas

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Confira os caminhos para conquistar o 1º emprego

Tatiana Cavalcanti
do Agora

Conquistar o primeiro emprego nem sempre é uma tarefa fácil, e a qualificação profissional é exigida cada vez mais cedo. Especialistas apontam as carreiras relacionadas a informática, serviços, energia e indústria como as mais promissoras e as que mais oferecem oportunidades aos aprendizes.

No caso dos universitários, é importante ter alguma experiência na área, seja por meio de estágios ou programas de trainee. "É o melhor caminho para obter um emprego ao sair da faculdade", diz Vicente Bersito Neto, sócio da Companhia Contábil.

Para Marshal Raffa, diretor-executivo da Ricardo Xavier (de recursos humanos), não é fundamental entrar em uma empresa de grande porte logo no primeiro emprego. "As empresas de pequeno e médio portes são as plataformas ideais para o novato conhecer o funcionamento da empresa.

domingo, 14 de agosto de 2011

A Escolha da Profissão

sobre Educação por Tom Coelho
tomcoelho@tomcoelho.com.br

“Antigamente publicitário era aquele que tinha largado o curso de jornalismo.
Hoje, publicitário é o cara que largou o curso de publicidade.”
(Eugênio Mohallem)

Uma análise do Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita pelo Observatório Universitário indicou a correlação entre a profissão exercida e o curso superior realizado pelos profissionais. Enquanto 70% dos dentistas, 75% dos médicos e 84% dos enfermeiros trabalham na mesma área em que se formaram, apenas 10% dos economistas e biólogos e 1% dos geógrafos segue pelo mesmo caminho.

Exame atento de outras profissões ainda nos indicará que apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu.

É evidente que faltam vagas no mercado de trabalho. O emprego formal acabou. Nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma apontava como colocação dos sonhos um cargo no Banco do Brasil, na Petrobras ou em outra empresa pública. Nos anos de 1980 experimentamos o boom das multinacionais e empresas de consultoria e auditoria que recrutavam os universitários diretamente nos bancos escolares. Já na década de 1990 o domínio de um segundo idioma, da microinformática e a posse de um MBA eram garantia plena de uma posição de destaque. Contudo, nada disso se aplica hoje.

As grandes empresas têm diminuído o número de vagas disponíveis e são as pequenas companhias as provedoras do mercado de trabalho atual. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à demanda – e, paradoxalmente, muitas posições deixam de ser preenchidas devido à baixa qualificação dos candidatos.

Assim como todos os produtos e serviços concorrem pela preferência do consumidor, os profissionais também disputam as mesmas oportunidades. Engenheiros que gerenciam empresas, administradores que coordenam departamentos jurídicos, advogados que fazem estudos de viabilidade, economistas que se tornam gourmets. Uma autêntica dança das cadeiras que leva à insegurança os jovens em fase pré-vestibular.

Há quem defenda a tese de que adolescentes são muito imaturos para optar por uma determinada carreira. Isso me remete a reis e monarcas que com idade igual ou inferior ocupavam o trono de suas nações à frente de grandes responsabilidades, diante de uma expectativa de vida da ordem de apenas 30 anos...

O que falta aos nossos jovens é preparo. Um aparelhamento que deveria ser ministrado desde o ensino fundamental por meio de disciplinas e experiências alinhadas com a realidade, promovendo um aprendizado prazeroso e útil, despertando talentos e desenvolvendo competências. Um ensino capaz de inspirar e despertar vocações. Ensino possível, porém distante, graças à falta de infraestrutura das instituições, programas curriculares anacrônicos e, em especial, desqualificação dos professores.

Em vez disso, assistimos a estudantes com 17 anos de idade, 11 deles ou mais na escola, que às vésperas de ingressar no ensino superior sequer conseguem escolher entre psicologia e comunicação social, entre arquitetura e educação física, entre veterinária e direito.

A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o autoconhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influência possível. Muitos são os que direcionam suas carreiras para atender às expectativas dos pais, aos apelos da mídia e da moda, à busca do status e do sucesso financeiro, em detrimento da autorrealização pessoal e profissional. E acabam por investir tempo e grandes somas de dinheiro numa formação que não trará retorno para si ou para a sociedade.

Orientação vocacional não se resume aos testes de aptidão e questionários. Envolve conhecer as diversas profissões na teoria e na prática. Permitir aos estudantes visitarem ambientes de trabalho e ouvirem relatos de profissionais sobre os objetivos, riscos, desafios e recompensas das diversas carreiras. Tomar contato com acertos e erros, pessoas bem sucedidas e que fracassaram. Provocar o interesse e, depois, a paixão por um ofício.

Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?” A magia desta indagação é que dentro dela residem os sonhos e a capacidade de vislumbrar o futuro.Aliás, talvez também devamos colocar esta questão para nós mesmos, pais e educadores.

A avaliação da aprendizagem como processo construtivo de um novo saber - fazer

sobre Educação por Lúcia Serafim
maluserafim@gmail.com

A partir do início do século XX, a avaliação vem atravessando pelo menos quatro gerações, são elas em sua evolução:

  • Mensuração: Não distinguia avaliação e medida. Nessa fase, era preocupação dos estudiosos a elaboração de instrumentos ou testes para verificação do rendimento escolar;
  • Descrição: Essa geração surgiu em busca de melhor entendimento do objetivo da avaliação. O avaliador estava muito mais concentrado em descrever padrões e critérios. Foi nessa fase que surgiu o termo “avaliação educacional”;
  • Julgamento: Questionava os testes padronizados e o reducionismo da noção simplista de avaliação como sinônimo de medida; tinha como preocupação maior o julgamento;
  • Negociação: Nesta geração, a avaliação é um processo interativo, negociado, que se fundamenta num paradigma construtivista. É uma forma responsiva de enfocar e um modo construtivista de fazer.

E neste contexto de historicidade é que se trabalha na compreensão de uma prática avaliativa cuja finalidade da avaliação, de acordo com a quarta geração é: fornecer, sobre o processo pedagógico, informações que permitam aos agentes escolares decidir sobre as intervenções e redirecionamentos que se fizerem necessários em face do projeto educativo, definido coletivamente, e comprometido com a garantia da aprendizagem do aluno.

Mudar a nossa concepção se faz urgente e necessário, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a avaliação da aprendizagem. Perrenoud (1993) afirma que mudar a avaliação significa provavelmente mudar a escola. Automaticamente, mudar a prática da avaliação nos leva a alterar práticas habituais, criando inseguranças e angústias e este é um obstáculo que não pode ser negado, pois envolverá toda a comunidade escolar.

A função nuclear da avaliação é colaborar para que o aluno aprende e ao professor, ensinar, determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação adequados (Libâneo, 1994).

O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999).

Para Hadji (2001) a passagem de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa.

É necessário que se perceba claramente que as metodologias se definem pelas intenções e formas de agir do professor. Assim, as tarefas avaliativas são instrumentos de dupla função para professores e alunos: Para o professor – elemento de reflexão sobre os conhecimentos expressos pelo aluno e elemento de reflexão sobre o sentido da sua ação pedagógica; Para o aluno – oportunidade de reorganização e expressão de conhecimentos e elemento de reflexão sobre os conhecimentos construídos e procedimentos de aprendizagem.

Considero pertinente realçar que na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.

Acredito ser de extremo cuidado que o aluno possa ser mobilizado pelo professor a refletir sobre suas aprendizagens a partir de ações cotidianas como: comentários do professor em testes e tarefas e orientações para continuidade dos estudos; Solicitação aos alunos da narração de seus procedimentos de realização de tarefas, de estratégias de pensamento; discussão de diferentes respostas entre os estudantes; espaço para perguntas e solicitação de auxilio em temas de estudo; elaboração de exercícios, tarefas e questões pelos próprios alunos; definição de metas pessoais e coletivas de enfrentamento de dificuldades e avanços em determinadas áreas.

O professor, que trabalha numa dinâmica interativa, cooperativa tem noção, ao longo de todo o ano, da participação efetiva e produtividade de cada aluno. Como, em geral, a avaliação formal é datada e obrigatória, é preciso que se tenha inúmeros cuidados em sua elaboração e aplicação. Em síntese como afirma Perrenoud (1999 p. 165,) “O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”.

Referências

HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001
LIBÂNEO, J.C. Didática. 15. Ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.
___________. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
___________.10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
__________. Não mexam na minha avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica. In: NÓVOA, A. Avaliação em educação: novas perspectivas. Porto, Portugal: Porto Editora, 1993.