Só que essa revolução é feita com trabalho voluntário.
Fonte: Revista Veja
Os jovens do século XXI continuam tão idealistas e dispostos a mudar o mundo quanto os dos anos 60. A diferença é que descobriram um caminho que não passa pela militância política: o do trabalho voluntário. O enfoque diferente entre essa geração e a anterior tem algumas explicações: o Brasil é uma democracia estável praticamente desde que eles nasceram. A visão ideológica bipolar desabou junto com o Muro de Berlim quando eram crianças. O que viram nos últimos anos só aumentou a desilusão com os partidos políticos. Por outro lado, a opção pelo trabalho voluntário faz notável diferença num país com tantos contrastes sociais como o Brasil. Nos últimos cinco anos, a participação dos jovens em filantropia pulou de 7% para 34% em 400 entidades brasileiras. Mais de 8 milhões com idade entre 15 e 24 anos realizam alguma atividade voluntária. Estima-se que outros 14 milhões estejam interessados em fazer esse tipo de trabalho, mas não sabem como começar.
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Os jovens voluntários são movidos por três estímulos básicos. O primeiro é a vontade de ajudar a resolver os problemas e as desigualdades sociais do Brasil. O segundo é o de se sentir útil e valorizado. Por fim, o desejo de fazer algo diferente no dia-a-dia. Quando decidem ajudar, eles procuram principalmente os projetos que envolvem crianças carentes (os preferidos de um em cada três voluntários), os educacionais, como dar aulas de reforço, e os de meio ambiente. O caminho mais fácil para quem quer começar a fazer algum trabalho voluntário está muitas vezes na própria escola. Dezenas de colégios desenvolvem trabalhos sociais como rotina e incluem projetos de voluntariado como disciplina optativa no currículo escolar. Outras escolas, principalmente as religiosas, mantêm projetos vinculados à igreja e a paróquias de comunidades carentes. É possível também se inscrever em ONGs especializadas em encaminhar voluntários para entidades. Elas funcionam como uma agência de empregos, em que o candidato indica as habilidades, o trabalho que gostaria de fazer e o tipo de instituição em que quer atuar. Ele então recebe uma lista de entidades compatíveis com seu perfil tirada dos bancos de dados dessas ONGs. Simples, não?
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